Ele estava ali, tinha certeza que naquela sala me depararia com um cadaver, e nao tinha certeza de qual seria minha reaçao, nao que tivesse medo, pois nunca tive medo desse tipo de coisa, mas somente imaginava como reagiria, qual seria o pensamento que teria ali.
Adentrei ao local, e me deparei com tres homens, um sobre uma mesa preteada, cadaver do sexo masculino, pele faioderma, dentiçao natural em bom estado de conservaçao, cabelos cortados, barba por fazer, tendo por volta de um metro e oitenta; os outro dois manipulavam aquele cadaver com destreza e indiferença.
Eu, parado no meio da sala, observava o procedimento com o maximo de atençao, podia perceber na cavidade toraxica aberta, o tecido adiposo, o intestino, pulmao, pancreas figado…
De souslaio, e com um tom zombeterio, o auxiliar de necropsia, me olhou pelo canto do olho, retirando o coraçao daquele individuo, e disse: esse nao bate mais.
Naquele instante, acho que se decpcionou um pouco pois acreditava que me espantaria com seus dizeres, mas nao, eu estava tao frio quanto ele, e observava todo procedimento com um misto de admiraçao e graça… mas por dentro algo acontecia, imaginava como éramos capazes de fazer aquilo com nosso semelhante, acha uma falta de respeito, uma mera vaidade para atender nossas curiosidades.
Olhava aquele homem que naquele instante jazia sendo costurado pelo legista, e pensava, na verdade dentro de mim ria, com a insignificancia de nossa vida, imaginava aquele homem andando, tomando uma cerveja, rindo com os amigos, com sua familia, querendo ser rei, ganhar na mega sena, os sonhos que teve, e ainda tinha, quem ele feriu, e se arrependeu, quem ele tinha esperança e mantinha a fé de que o faria feliz, retornando … tudo se acabara, se encerrara, todos sonhos se tornaram insignificantes ante a ausencia da vida!
Ficava pensando o quanto somos mesquinhos, e nos iludimos com as imposiçoes de poder, e vaidade que queremos mostrar para a sociedade, me veio a cabeça alguem dizendo, eu sou isso, sou aquilo, faço assim, nao perdoo, nao esqueço, meus inimigos vao me pagar… e neste instante eu senti o que era a vida, vi o quanto perdemos tempo, com nossas futilidades, nos deixando levar por toda ilusao, do dia a dia.
Mal nescessário? Talvez! Mas nao podiamos ser mais humildes e reflexivos, com o que realmente importa, com o amar e ser amado, com a caridade, com a busca por amenizar a dor do próximo, suas angústias, seus medos… Tudo o que nao nos traria retorno finaceiro algum, mas enobreceria nossos coraçoes, enriqueceria nossa alma.
``Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.’’
Reihold Niebuhr
Adentrei ao local, e me deparei com tres homens, um sobre uma mesa preteada, cadaver do sexo masculino, pele faioderma, dentiçao natural em bom estado de conservaçao, cabelos cortados, barba por fazer, tendo por volta de um metro e oitenta; os outro dois manipulavam aquele cadaver com destreza e indiferença.
Eu, parado no meio da sala, observava o procedimento com o maximo de atençao, podia perceber na cavidade toraxica aberta, o tecido adiposo, o intestino, pulmao, pancreas figado…
De souslaio, e com um tom zombeterio, o auxiliar de necropsia, me olhou pelo canto do olho, retirando o coraçao daquele individuo, e disse: esse nao bate mais.
Naquele instante, acho que se decpcionou um pouco pois acreditava que me espantaria com seus dizeres, mas nao, eu estava tao frio quanto ele, e observava todo procedimento com um misto de admiraçao e graça… mas por dentro algo acontecia, imaginava como éramos capazes de fazer aquilo com nosso semelhante, acha uma falta de respeito, uma mera vaidade para atender nossas curiosidades.
Olhava aquele homem que naquele instante jazia sendo costurado pelo legista, e pensava, na verdade dentro de mim ria, com a insignificancia de nossa vida, imaginava aquele homem andando, tomando uma cerveja, rindo com os amigos, com sua familia, querendo ser rei, ganhar na mega sena, os sonhos que teve, e ainda tinha, quem ele feriu, e se arrependeu, quem ele tinha esperança e mantinha a fé de que o faria feliz, retornando … tudo se acabara, se encerrara, todos sonhos se tornaram insignificantes ante a ausencia da vida!
Ficava pensando o quanto somos mesquinhos, e nos iludimos com as imposiçoes de poder, e vaidade que queremos mostrar para a sociedade, me veio a cabeça alguem dizendo, eu sou isso, sou aquilo, faço assim, nao perdoo, nao esqueço, meus inimigos vao me pagar… e neste instante eu senti o que era a vida, vi o quanto perdemos tempo, com nossas futilidades, nos deixando levar por toda ilusao, do dia a dia.
Mal nescessário? Talvez! Mas nao podiamos ser mais humildes e reflexivos, com o que realmente importa, com o amar e ser amado, com a caridade, com a busca por amenizar a dor do próximo, suas angústias, seus medos… Tudo o que nao nos traria retorno finaceiro algum, mas enobreceria nossos coraçoes, enriqueceria nossa alma.
``Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.’’
Reihold Niebuhr