segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Princesa Sarine!


Três coisas agora embalam meu espírito, este espírito infantil, de tamanha simplicidade que somente quem o conhece é capaz de sentir em mim a pureza das coisas sutis de um derradeiro dia! Quem sabe seja eu mesmo tendo encontrar isto em mim!Minhas três pedras preciosas, meus três mistérios subtendidos: Músicas, estudos e você! Ando agoniado pois o estudo é base de minha vida, e como ando me sentindo sem saída para prosseguí-lo da maneira que sempre planeijei... fazer o que planeijei... sinto nauseas de decepção, e em minha psiquê, sinto-me o mais irrealizado dos mortais.A música é o que me aconchega quando estou assim, embora ela também contribua para que perpetue este meu letárgico estado, ela me salva e me mata, ela é o vinho e o veneno. Algumas palavras me tocam tão profundamente, que é como se estivesse frente a frente com o compositor, olhando-o nos olhos, enquanto de seus dedos goteja o nectar dos deuses, que será transformado em canções.Você! finalmente você. Você é se incrível, especialmente incrivel e acredito que meu limitado vocabulário não seria suficiente para descrever, que quando olho nos teus olhos toda a imensidão do universo se limita ao nada, ao insiguinificante.Mas você não é minha, queria muito que o fosse, mas não pode ser!Sua doçura encanta minha alma, e sua carinha de mimo, faz doer meu coração!Doer sim! por que eu sei que não poderia dá-la tudo que gostaria, uma vez que a eternidade não se resume em somente 24 horas ao teu lado!Embora 24 horas seja o íniciodo do que se torna eterno! e para as borboletas, 24 horas é tudo o que elas têm!Ah! como eu queria, ter me jogado em seus braços e sentindo o tempo parar, mas amanhã o mundo giraria novamente, e cada um de nós estaria em uma parte do universo, desejando o ontem!Cultivando rosas em um asteróide.E isso nos faria sofrer, não sei quanto a você, mas a mim sim! Sentiria muito falta do perfume, do olhar, do toque, dos cabelos, do sotaque, do aconchego, de te olhar nos bastidores antes de uma festa! e não tenho andado suficientemente forte para dar a volta por cima, e saber que isso é normal na vida, então, defender-me é a melhor coisa que faço, e foi o que fiz! O depois de amanhã me pertencerá! Seria ótimo compartilhá-lo com você, mas o que temos é o hoje, algumas fotos, e as lembranças de um dia vestido de saudade viva!A princesa continua dona de um reino encantado, a porta está trancada, as chaves estão no seu bolso, e faça-me o favor de não perdê-los, nem as chaves e nem o encanto!Pois se a decepção vencesse seu sorriso, eu seria eternamente infeliz!
"Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem promeiro se tornar cinzas?"

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que está se passando nesta cabeça?

Ele fora surpreendido àquela manhã com uma ligação de alguém que há muito não ouvia a voz. Outrora foram companheiros de moradia, mas o destino fez com que se separasse, assim como o fizera com muitas outras coisas as quais tinha apreço... De algumas se separou de outras se perdeu.
Recebia cartas de um amigo o qual, poderia dizer com certeza se tratar de um AMIGO, mas não as respondia.
A saudade batia, aumentava a cada dia mais e mais...
Sentia-se perdido, e a vontade era correr aumentando, os dias se perpetuando, tudo se parecendo tão grande, mas ele se sentia tão pequeno, precisava rever os conceitos, ser menos extremista, menos orgulhoso, menos dramático, menos pessimista, menos tudo, mas este estado de diminuição das coisas também o assustava, já que para ele, ele próprio já se tornara menos.
Sentia falta de alguém que pressentia nunca mais possuiria, mas tudo bem, se contentara em não tê-la.
Não que se sentisse feliz com esta certeza, mas pra quem não tinha mais vontade para nada, menos uma coisa, seria mero acaso.
Morrer não lhe era conveniente, pois a vida também não lhe dera a certeza de uma melhor existência posterior.
Ele não caminhava, ele se arrastava, e arrastar não era e nunca fora, um princípio vital humano.
Viver, viver e viver.. era o que rugia em sua alma, era o que implorava seu coração!
Queira sorrir, mas as pegadas de seu passado não se apagavam, e em sua cabeça doentia o medo de errar, o medo de desistir, o medo de não ter, e a saudade, a saudade do cheiro dos cabelos, das ruas percorridas, dos gestos feitos, de todas as palavras ditas, de tudo e todos. Para ele era o fim, a cada dia sentia se aproximar o final, fitando-o os olhos com mais vida do que ontem!
Lágrimas! Lágrimas eram gotas de chuva que transpareciam a tristeza do seu coração!
Nunca fora tão triste, nunca suas atitudes pesaram tanto em sua alma, nunca tivera tantos medos, nunca fingira tanto que era feliz, nunca mentira para si mesmo, nunca quisera, tanto quanto hoje, saber quem ele era, perdera sua face.
Ouvia a canção que para ele não se tornaria realidade: ”um telefonema bastaria, passaria a limpo a vida inteira...”. Mas pra que um telefone? As pessoas têm que ser felizes, e se ninguém, além de si, era culpado por aquilo que ele se tornara, por que tirar-lhes o direito do sorriso, do vento na face, dos cabelos esvoaçantes, do olhar perdido em meio a penumbra da noite, ao observar a lagoa? Não era justo!
A vontade de atirar contra a própria cabeça era imensa, mas tinha medo da dor, medo do cano frio tocando-lhe a tempora. Não gostava de imaginar a necropsia, as pessoas ao redor do caixão, odiava aquelas imagens de morte em sua cabeça..
Tivera uma idéia: Iria desaparecer! Assim poderia morrer sem que ninguém o velasse, ou chorasse sua partida, pois estariam esperando seu regresso, um retorno que jamais aconteceria. Sem dor alheia, sem choros, sem culpados, sem vítimas... fora assim que escolhera partir, em meio a um campo esverdeado, de uma zona rural distante, em um país desconhecido, onde somente ele e a lua foram testemunha de sua desgraça! Em seu coração, ninguém sabe se brotara uma flor de alegria ou uma lágrima de tristeza, pois ele jamais regressara para contar o que havia depois da morte, e nem sequer souberam que ele havia morrido, para chorarem sua partida.

"às vezes não só a morte é responsável por nossa partida.. às vezes estamos ali, mas ja partimos faz tempo"

"Quando descobri Que é sempre só você Que me entende Do iní­cio ao fim.
E é só você que tem A cura do meu vício De insistir nessa saudade Que eu sinto De tudo que eu ainda não vi."