domingo, 27 de outubro de 2013

1 pensamento

Essa minha longa experiência de vida rsrs tudo bem, nem tão longa assim, mas a extensão pouco basta quando a vivência não é absorvida com profundidade, como dizia o poeta: “O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar”.
Tudo é fugaz! Mas por ser breve, não quer dizer que seja superficial. Nossa existência é ínfima se comparada à do mundo ou do universo, contudo, não estou aqui para fazer um paralelo entre o universo e o ser humano, seria demasiado hiperbólico da minha parte.
Já há algum tempo que um sentimento de revolta com nossa raça me assombra, me  fere saber que neste pequeno sopro de oportunidade de estar vivo existirão muitos ventos que nos machucarão. Muitas pessoas que parecem ter como prazer a desgraça do outro, que mesquinhez humana.
Deus? Eu não sei direito o que pensar sobre ele! Deus é uma energia criadora e transformadora, não personificada, não sentimental, consciente.
Embora tenha a capacidade de participar de tudo sem interferir diretamente nos acontecimentos, sem deixar-se influenciar pelas situações corriqueiras, creio que talvez ele tenha nos deixado já há algum tempo.
Que pai não ficaria triste ante a ignorância de seus filhos que conspiram uns contra os outros e ainda intitulam-se sociedade, formulando pecados pelo descontentamento de alguns com o mundo em que vivem?
Talvez eu esteja errado em minhas definições, pois para mim sociedade sempre foi um sinônimo de mutualismo.
Acho que os filósofos se tornaram demagogos quando racionalizaram a máxima: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, ou melhor, nós fizemos deles demagogos quando apagamos da taboa de Moisés, algo que dizia: “Amar ao teu próximo como a ti mesmo”.

Por estes e outros motivos, talvez os filósofos, assim como eu, tenhamos nos sentido como: “uma gota D’água... um grão de areia...”, que nada podem contra um oceano e um deserto.



"Em algum lugar, pra relaxar
Eu vou pedir pros anjos cantarem por mim
Pra quem tem fé
A vida nunca tem fim
Não tem fim"

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Uma canção desesperada

A visão humana é limitada diante do silêncio quase enlouquecedor de um Deus inerte. Estaria ele espantado com a capacidade de sua criação? Envergonhado diante de tantos estragos e falta de austeridade que o homem a cada dia demonstra ainda mais ter?
Mais uma vez a resposta é o silêncio!
Às vezes as pessoas sentem uma micro ponta de alegria inexplicável autogênese, a qual denominam de presença de algo superior, elevado, que se aproxima de um ser cujo destino é a esperança eterna em algo que também o espera. Contudo, me parecem mais jogos psicológicos para os quais somos pré-programados para sentir no momento em que estamos quase desistindo da luta.
Não digo que não acredito nesta energia cósmica superior, só não a compreendo muito bem de forma racional, todavia o livro dos Espíritos vem apaziguar minha inquietação dizendo que explicação de Deus está aquém inclusive dos próprios espíritos, restando àqueles que ousarem a enveredar por tais caminhos, a loucura! Então, ficarei louco... serei louco... Por que o mundo não precisa de mais silêncio e nem provas de fogo para testar nossa fé. Precisamos de uma certeza pela qual justifique o sofrimento e nossa continuidade nos caminhos do bem.
Heresia? Temo heresias. Querem me proibir de pensar, querem amarar minha fome por respostas sob pretextos de tentações demoníacas e pecados mortais. Até onde sei, não fui eu quem construiu uma bomba atômica ou dei ordens de massacres e disseminações humanas pelo mundo a fora. Então me responda por que Deus me puniria por brigar com “ele”, por manda-lo ir se ferrar quando algo que eu aspirava não sai como pretendia. Este pecado é maior do que menosprezar a vida, do que desrespeitar o próximo e cobrar seu sangue pelo caminho da paz?
Eu também espero uma vida eterna, que toda essa mágica de espírito imortal plantada em nossa mente seja verdade. Mas acontece que toda a arquitetura de valores e crenças sobre a qual foi estruturada a vida na terra, parece tão bem manipulada de maneira a fazer prevalecer um determinado grupo, classe social ou casta, que no fim me sinto descrente que Deus seria tão bom ao ponto de criar os homens e não ser criado por eles.
Que ele possa me perdoar por minhas tristezas com seu mundo, suas desigualdades e sofrimentos. Que não me puna por às vezes segurar com um dedo nesse fio de cabelo de esperança. Que tenha misericórdia de todas as pessoas que tiraram a própria a vida e brinde-os com a real continuidade do pós-morte, por que embora sofram a reação ocasionada por tal atitude, ainda poderão contar com a certeza de recomeçar. (Pra você Alexandre – Chorão -, essa parte) 

“Eu espero como você espera um disco voador.” 



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ad Eternum


Só após os vinte você entende que o tempo passa e que caminhamos todos para um ponto em comum onde somos todos iguais. Não haverá julgamentos, nem culpados ou inocentes, apenas silêncio... O silêncio profundo e gélido da morte.  Sem pessimismo, apenas escrevo sobre o que cedo ou tarde acontecerá. É certo que existirão outras vidas, resta saber se teremos consciência dessa existência ou seremos puramente átomos brutos retornados a origem da matéria, subiremos aos céus como pó ou espíritos livres, eternos e vivos.

 Não há espaço para estes questionamentos, quando se vê em tudo um grande milagre... No macro e no micro, a existência de algo muito maior que semideuses por auto definição se apresenta a todo instante. Às vezes me bate uma certeza cega de nossa mesquinhez e falta de encanto. Tudo é tão mágico, tão perfeito... Como podemos não enxergar isso? A imensidão se apresenta em coisas pequenas.

 Se nós os semideuses parássemos por um segundo para pensar sobre isso, faríamos das nossas existências instantes maravilhosos, construiríamos coisas grandiosas pelas quais seríamos lembrados com amor. Não nos entregaríamos a vícios destrutivos os quais usamos para camuflar a dor que se trás na alma.

Se olharmos a nossa volta perceberemos que um piscar de olhos nos basta para que a beleza da vida suprima toda iniquidade de uma existência, que o sorriso de uma criança é capaz de tranquilizar um furacão, que a palavra “amor”, dita por alguém que se ama vale toda luta de uma vida... Não se faz necessária profundidade nem complexidade para se ser feliz e grato, por que o encanto é simples, e dado a nós por pura compaixão e amor.

Sejamos melhores a cada dia, tenhamos amor por tudo que nos cerca, e acima de tudo saibamos retribuir e cuidar do que e de quem amamos.

"Quando o sol acena bate em mim ... Diz valer a pena ser assim ... Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples... Difícil é ser tão simples... Difícil mesmo é ser

OTM


domingo, 6 de janeiro de 2013


Sou como uma criança no escuro, me encolho com medo de assombrações.
Crio fantasmas em minha mente por medo de perder o colo, a atenção, o dengo...
E assim me protejo fazendo guerra, incomodando, discutindo, brigando...
Faço que não me importo; Às vezes sou somente irônico, sem maldade... mas em  outras sou veneno, faca que dilacera e fere a carne, a alma...
Procuro ser pedra, rocha firme, impassível, irredutível ... Mas na realidade sou manso, bom e austero.
Não suporto hipocrisia, muito menos covardia. Não Julgueis, pois não conheces o livro e muito menos a biblioteca.
 Procuro respeitar o que o outro é, bem como no que ele se tornou, respeito histórias e respeito mais ainda o resultado das mesmas .... mesmo que da minha boca possam sair palavras que demonstram que não.
Discuto, faço raiva, finjo que pouco me importa a presença, me recolho em um canto, observo, encontro motivos para criticar...
Mas no fundo ... Sou só uma criança com medo do escuro.